quarta-feira, 3 de novembro de 2010

(não) siga por ali

Esse é o momento que não vejo mais um caminho na minha frente. Nada de setas, placas ou letreiros dizendo pra onde tenho que ir e com quem devo ir. Mas também não quero mais saber de pessoas dizendo pra onde vou, a partir de agora quero fazer o meu caminho! Nem que pra isso precise sofrer para tirar obstáculos da frente. Tenho uma faca na mão e tenho que ir cortando os galhos pra fazer uma nova trilha. Mesmo cheia de reviravoltas, vou. Vou pensando em encontrar minha árvore, aquela que dará sombra suficiente para descanso. Vou cortando galhos secos para fazer minha passagem. Apenas tendo o cuidado para não cortar muito meus dedos quando cortar raízes mais profundas. Esses cortes machucam e podem fazer sangrar por um bom tempo. Mas nada que não se resolva. Dizem que o tempo cura tudo, até o que se parece tão impossível. E no final, olho pra trás e vejo a trilha que deixei. Uma trilha sem pontos escuros, uma trilha verde, cheia de árvores, que sempre estiveram ao meu lado, e que eu fiz questão de nem encostar minha faca.

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